sábado, 31 de maio de 2008

Faculdade promove evento em homenagem à maio de 68

Maio de 1968 simbolizou o auge de um momento de intensas transformações políticas e comportamentais que marcaram a segunda metade do século 20 no Ocidente. Revoluções que começaram na Europa com a explosão das lutas juvenis e se alastraram pelos Estados Unidos e na América Latina. A juventude pretendia conceber uma nova forma de vida social, uma nova forma de sociedade.
E 40 anos após esta data a Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, realiza um evento durante os dias 28, 29 e 30 de maio, em comemoração há essa época de grandes mudanças no Brasil e no mundo. “1968. O sonho acabou?”
Dentro da programação houve debates, palestras, além de encenações teatrais. Para discutir o tema a faculdade convidou várias personalidades que atuaram em movimentos estudantis da época, como: Jornalistas, escritores, assistente social, sociólogo e médico.
Um dos momentos mais aplaudidos do evento foi durante a palestra de quarta-feira à noite, onde a assistente social, Gilse Cosenza, de 65 anos, falou sobre o papel da mulher na luta política e relatou suas “aventuras” como militante, comentou também sobre os momentos de humilhação e tortura que passou. “Minha filha estava com quatro meses na época e os militares faziam torturas psicológicas, dizendo que iam pegá-la e colocá-la da cadeira elétrica ou numa banheira de gelo. Eu só pedia para enlouquecer logo, pois não agüentaria ver tudo isso”, lembra Gilse.Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer e refletir sobre esse assunto. Para a estudante de Jornalismo, Thaniara Carvalho de 27 anos, o evento contribuiu para a formação de uma consciência crítica de todos. “O mais importante não foi pensar os 40 anos que passaram, mas os 40 anos que viram”, diz ela.


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... Nada será com antes de maio de 1968
...Sucesso de público, fracasso de crítica
...Uma rapidinha, uma musiquinha e um tapinha

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terça-feira, 22 de abril de 2008

QUAL TIPO DE EMPREGO PÚBLICO ESCOLHER?

O regime estatutário oferece aposentadoria integral e estabilidade, enquanto nas empresas públicas, aumentos e promoções são semelhantes aos da iniciativa privada. Os candidatos devem ficar atentos ao escolher um concurso público, pois existem dois regimes de contratação: estatutário e celetista. O estatutário é subordinado ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais (lei 8.112/90). O celetista obedece à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A professora de geopolítica, Helenice Almeida está estudando o para concurso de admissão ao Itamaraty, diz que a grande vantagem do estatutário é a aposentadoria integral e no caso do celetista, não, pois ele está limitado ao teto da previdência social, e se quiser aposentar com o seu salário integral, tem que ter uma previdência complementar. Ela diz também que o nível de dificuldade entre os concursos é determinado pelo nível de escolaridade exigido para cada um e pelo número de candidatos inscritos, que varia muito conforme a remuneração oferecida para o cargo.

Estatutário
Os concursos de regime estatutário são válidos para cargos da administração pública direta (órgãos ligados ao poder Executivo, nas esferas federal, estadual e municipal), poderes Judiciário e Legislativo, agências reguladoras, autarquias e fundações de direito público.

A estabilidade para o servidor vem somente após três anos de estágio probatório. Nesse período, ele pode ser exonerado por ser considerado inabilitado, por mal desempenho e capacidade produtiva abaixo do esperado. Mas a exoneração não tem caráter punitivo. Ele pode voltar ao serviço público por meio de outro concurso para o mesmo órgão.

Já a progressão dentro da carreira pode ocorrer por tempo de serviço, mérito e bom desempenho. Mas o servidor não pode mudar de cargo. Quem entrou em uma vaga de nível médio só poderá assumir um cargo que exija nível superior de escolaridade se prestar outro concurso. O servidor que for demitido por ato de improbidade administrativa ou por tercometimento crime contra a administração pública poderá ficar até 10 anos sem poder retornar ao cargo, emprego ou função pública.

Celetista
No caso do empregado público que entrou por meio de concurso celetista, os critérios de promoção e progressão dentro da carreira são semelhantes aos das empresas privadas. E o aumento do salário ocorre por meio de negociação coletiva.


Os concursos de regime celetista são aplicados
para cargos em empresas públicas (nas quais o governo tem 100% do capital), como a Caixa Econômica Federal, sociedades de economia mista (com patrimônio público e privado, sendo que o governo é majoritário), como Banco do Brasil e Petrobras, fundações de direito privado e órgãos ligados indiretamente ao Poder Executivo.

Já no estatutário, o reajuste deve ser aprovado por lei – e a revisão anual dos vencimentos feita pelo governo não significa garantia de aumento. Mas, em ambos os casos, podem ocorrer aumentos por mudanças no nível da carreira e acréscimos de benefícios e gratificações. E, apesar de o celetista poder ser demitido a qualquer momento, para ele sair do cargo é necessário um procedimento administrativo.


Para Helenice é muito difícil saber qual é mais vantajoso, porque depende do objetivo de cada um. “Ninguém deveria fazer um concurso que não tivesse nada a ver com ele. No entanto, diante das dificuldades enfrentadas hoje no mercado de trabalho, marcado pela instabilidade e pelo desemprego, muitas pessoas estão procurando o serviço público por ser mais seguro. Claro que se as pessoas pudessem optar,
hoje, optariam pela segurança da estabilidade e pela aposentadoria integral, ou seja, pelo regime estatutário”, diz.

Aposentadorias
Outra vantagem para os estatutários é a aposentadoria integral. Mas para garantir esse benefício o servidor deve ter 60 anos de idade e 35 anos de contribuição (homens) e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (mulheres). Além disso, ambos devem ter no mínimo 10 anos no s
erviço público e cinco anos no último cargo.


Algumas carreiras têm aposentadoria especial. No caso dos professores, os homens podem se aposentar com 30 anos de contribuição e no caso das mulheres, com 25 anos – mas a regra não é válida para professores universitários. Já na polícia homens contribuem por 30 anos e mulheres, com 20.
Já o valor da aposentadoria para os celetistas é limitado a R$ 2.894,28 (7,61 salários mínimos). Para homens é necessário ter contribuído por 35 anos ou ter 65 anos de idade. Para mulheres a contribuição deve ser de 30 anos ou ter 60 anos de idade.

Temporários
Os órgãos públicos podem ainda optar por fazer processo seletivo para contratação de temporários que podem permanecer no máximo por cinco anos no cargo se a necessidade não for permanente. O objetivo é atender uma necessidade temporária de excepcional interesse público e funciona através de lei ordinária. Eles recebem quase todos os benefícios dos celetistas. Mas, ao término do contrato, não têm direito a aviso prévio nem a FGTS, diz a professora.


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quarta-feira, 12 de março de 2008

Monografia: Cada um sabe a dor e a delícia do tema escolhido

O projeto de conclusão de curso é um grande desafio para todos os estudantes. Escolher um tema, ler livros, fazer fichamentos, entrevistas e enfrentar a banca é um processo que todos os universitários têm que passar.
No último ano do curso de jornalismo da faculdade Estácio de Sá, os estudantes Jânio Fonseca e Marcelo Paiva, dividem a experiência de se fazer um projeto.
A paixão pelo rádio ajudou na escolha do tema: “A entrevista na cobertura do futebol no rádio”, com esse estudo os dois pretendem saber se as perguntas feitas aos jogadores de futebol induzem a resposta, já que na maioria das vezes, estas são sempre as mesmas, além de se tornarem pioneiros no assunto e servir como base para outros trabalhos.
Mas como não falar de monografia sem falar nas dificuldades. Jânio diz que não existem livros específicos sobre assunto, a não ser artigos e alguns trabalhos, reclama também do acervo da biblioteca e afirma que o orientador não entende muito sobre o tema. “O professor sabe a teoria, para ele lendo vários livros o trabalho está pronto, acontece que o nosso tema é prático, precisamos ir aos campos de futebol, entrevistar jogadores, comentaristas, isso não se acha em livros", diz ele.
Obstáculos existem, mas se depender da força de vontade dos dois pode-se dizer que eles serão superados.

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A Renúncia do cargo, não do comando

Ele tem 81 anos e passou quase 50 no poder. Há dois anos, a imagem que se tem de Fidel, é de um velho, doente, sem sair do hospital. Bem diferente de quando assumiu o poder em Cuba.
A mensagem de Fidel Castro lida na manhã de terça (18/02) na televisão estatal cubana, diz o seguinte: "Não quero e não aceitarei mais o cargo de presidente e de comandante das Forças Armadas. Quis cumprir o meu dever até o último suspiro, mas não tenho condições físicas de continuar com essa responsabilidade”.
Fidel Castro Ruz, deixou Cuba em 1955 depois de uma tentativa de derrubar o ditador Fulgêncio Batista. Mas logo voltou, com o argentino Che Guevara, para retomar a guerrilha. Em 1959, Batista fugiu e Fidel tomou o poder. Era o primeiro governo marxista do ocidente.
Como ditador deixou de cumprir a promessa de eleições livres. Muitos opositores acabaram executados no paredão, outros fugiram em massa para os Estados Unidos. Somente nos três primeiros anos da revolução, 250 mil pessoas deixaram a ilha, que fica a apenas 140 quilômetros do estado americano da Flórida.
O governo revolucionário desapropriou terras para a reforma agrária, nacionalizou empresas. A proximidade do Estado comunista incomodava os Estados Unidos, que logo impuseram embargos econômicos. Foi quando a União Soviética entrou em cena e passou a comprar o principal produto cubano, o açúcar.
Entre 17 e 21 de abril de 1961, mercenários e exilados cubanos tentaram invadir a ilha, na Baía dos Porcos, com apoio americano. No ano seguinte, a União Soviética enviou mísseis nucleares que seriam instalados sob o pretexto de proteger Cuba. A marinha dos Estados Unidos cercou a ilha até a retirada dos mísseis.
Apesar da repressão, o carisma e os avanços na área social tornaram Fidel um governante popular. Erradicou o analfabetismo - que era de 40 % - e o sistema público de saúde virou referência mundial. O índice de mortalidade infantil se tornou o mais baixo entre os países em desenvolvimento.
Com fim da União Soviética em 1991, a economia cubana entrou em crise. A falta da ajuda soviética atingiu a agricultura e a indústria, agravou-se o desabastecimento. Cuba passou a estimular a recepção de turistas e legalizou o dólar.
Fidel Castro deixa de liderar 11 milhões de cubanos, mas para muitos não se afasta do poder. Neste domingo (24/02), a Assembléia Nacional em Havana deverá nomear Raúl Castro, irmão mais novo de Fidel, como o novo presidente.Raúl tem 76 anos e comanda o país interinamente desde 2006. Segue as ordens de Fidel desde que ambos eram revolucionários nas montanhas de Cuba. Fidel continua sendo parlamentar. Provavelmente, será eleito hoje como integrante do Conselho de Estado, sem abrir mão do poderoso cargo de secretário do Partido Comunista. Sendo assim, ele pode até sair de do poder, mas não deixará de influenciar no governo do país. Como ele próprio disse em seu artigo, publicado no dia 22/02, “os cubanos jamais retornarão ao passado”, em referência ao período anterior à Revolução Cubana de 1959.